Fale conosco 9 Acessibilidade 0
Sebrae Acesse o Portal Sebrae
Você está na ASN

Agência Sebrae de Notícias Agência Sebrae de Notícias

 
Região Noroeste é o novo polo de cafés especiais do Estado do Rio de Janeiro
ASN RJ
Compartilhe
ASN RJ
Compartilhe

Mão de mulher segurando café

Já caracterizada como o novo polo de cafés especiais do Estado do Rio, a região Noroeste Fluminense se organiza para pleitear a Identificação Geográfica no Brasil. O registro é concedido pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e tem como objetivo valorizar o produto e a região. O projeto para o registro está sendo elaborado pelos produtores, em parceria com a Ascarj (Associação dos Cafeicultores do Estado do Rio de Janeiro) e o Sebrae Rio.

Atualmente, a Região Noroeste é a principal região produtora de café do estado com produção de aproximadamente 260 mil sacas de café beneficiado de 60 kg/ano, que representa 70% do café do Estado do Rio de Janeiro. A cafeicultura, na sua maioria, é constituída de pequenos produtores da agricultura familiar e é a principal atividade econômica de vários municípios, gerando emprego e renda.

“Em todo o mundo a identificação geográfica gera valor ao produto e à região, como, por exemplo, o espumante da região de Champagne, ou o queijo Canastra, em Minas Gerais. É, com certeza, um diferencial competitivo e estimulará ainda mais a produção de café na região”, comentou o coordenador de Inovação e Consultoria do Sebrae Rio, Marcelo Aguiar.

Vinte produtores fazem parte do projeto de Identificação Geográfica. Entre eles, está a Ana Regina Rocha Ribeiro Majzoub, produtora do distrito de Purilândia, em Porciúncula, que viu sua vida mudar quando decidiu sair da Zona Sul do Rio de Janeiro para investir na cafeicultura na região Noroeste Fluminense.

“Eu acho que a Identificação Geográfica é um reconhecimento para o produtor e sua região. É a forma de valorizar um produto por suas características, sua forma de produção, sua história e origem. O Rio de Janeiro, historicamente, era um grande produtor de café, mas antigamente esse café não tinha qualidade. Nos últimos anos, os produtores investiram na produção de cafés especiais, visto que a região é a maior produtora do estado e tem condições de buscar essa qualidade, pelo seu clima e altitude. Além disso, o próprio consumidor está mais consciente e exigente nos produtos que consome. Um selo que determina a região produtora e traz junto, essa qualidade do produto, dá credibilidade aos consumidores”, afirmou.

Identificação Geográfica – As indicações geográficas estão em franco crescimento no Brasil. Até o fim de 2021, o país contabilizava 88 indicações geográficas: 68 indicações de procedência e 20 denominações de origem, sendo esta uma categoria que protege produtos que resultam da combinação entre o saber fazer de uma cultura e as condições geográficas daquele ambiente.

Noroeste Fluminense –  Esta foi a região do Estado do Rio que mais correspondeu ao chamado do “Plano de Renovação e Revigoramento de Cafezais” em 1970, voltando a povoar suas montanhas com seus pés de café, até mesmo nas áreas de pastagens mais degradadas.

O trabalho de melhoria de qualidade do café foi intensificado em 2014, num esforço conjunto de várias entidades do setor (Ministério da Agricultura – MAPA, Sebrae, Emater-Rio e Ascarj). Esse movimento continuou com o Projeto de Fortalecimento da Cadeia Produtiva do Café no Noroeste Fluminense, que teve apoio de novos parceiros como a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento – SEAPPA, e as prefeituras da região. Com o apoio, ocorreu uma transformação intensa na maneira de cultivo e preparo do café, que além de um ganho extraordinário na produtividade, elevou a região, tradicional produtora de cafés inferiores, a produzir um volume considerável de cafés finos.

!important;">-

Confira um pouco da história da Ana Regina Rocha Ribeiro Majzoub, produtora do distrito de Purilândia, em Porciúncula.
Compartilhe
Ficou com alguma dúvida? Acesse nossos canais de atendimento.
Se você é um profissional da imprensa, entre em contato pelo [email protected] ou fale com a ASN em cada UF

Notícias relacionadas