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Queijo Neblina de Valença conquista bronze em competição mundial

Produtores artesanais, da Queijaria Vale do Vento, valorizam parceria com Sebrae Rio, Senar e Emater
Por Redação
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A Queijaria Vale do Vento, localizada em Valença, no interior do Rio de Janeiro, recebeu a medalha de bronze no World Cheese Awards 2025, uma das principais competições internacionais do setor. O queijo premiado é o Neblina, maturado por três meses, que se destacou entre quase 5 mil queijos de 50 países – sendo a única medalha do estado do Rio de Janeiro na disputa.

Para os proprietários Lucas Machado e Isadora Malafaia, ambos de 30 anos, o resultado reforça a qualidade técnica, o rigor artesanal e a autenticidade do trabalho desenvolvido na pequena produção fluminense. O Neblina foi o primeiro queijo autoral criado pelo casal e também o primeiro a passar por processos de cura. Desde sua estreia em competições, já acumula quatro medalhas, tendo sido premiado pela primeira vez no Mundial de Queijos de São Paulo, em 2024.

“O sucesso do Neblina destaca Valença como referência na produção de queijos artesanais. Nosso trabalho, focado em unir forças, busca gerar resultados concretos para os produtores, ampliando mercado e garantindo qualidade”, afirma a coordenadora do Sebrae Rio no Médio Paraíba, Paola Tenchini. A coordenação regional foi parceira na implementação do projeto Desenvolvimento da Cadeia de Leite e Derivados, que atende produtores da região, e tem a parceria do Senar e da Emater.

Isadora Malafaia e Lucas Machado começaram sua queijaria em 2017

Pequeno negócio baseado na sustentabilidade

A trajetória da Queijaria Vale do Vento começou em 2017, quando o casal decidiu transformar o sítio da família em negócio. O primeiro queijo foi produzido em 2019 e, após a boa receptividade entre familiares e amigos, eles decidiram investir na produção – inicialmente apenas de queijos frescos. Em 2024, com a conquista do registro municipal (SIM), o Neblina entrou oficialmente em competições e garantiu seu primeiro prêmio no Mundial de São Paulo.

Para Isadora Malafaia, a filosofia do negócio, baseada na sustentabilidade, é o que garante a qualidade do produto:

“Sempre buscamos um modelo sem impacto ambiental. Plantamos no sítio o capim que fornecemos fresco às nossas vacas diariamente e usamos apenas o leite produzido aqui. Ir à raiz da produção nos garantiu um queijo de excelência.”

A força da comunidade também é central para o crescimento da marca. Isadora, que hoje preside a Associação dos Queijeiros do Vale do Café (AQV), destaca que o prêmio é resultado de uma construção coletiva:

“Primeiro, agradecemos à comunidade leiteira de Valença, que nos acolheu desde o início. E também ao Sebrae Rio, ao Senar e à Emater, pelo apoio técnico que possibilitou a conquista do Selo Arte para três de nossos produtos, abrindo portas não só no Rio, mas em todo o Brasil.”

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