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Sob a bênção de Nossa Senhora de Nazaré, foi aberta ontem, dia 14/7, Pará Sentir Fé, a nova mostra do programa Ocupações do Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), promovida pelo Sebrae/PA. São 200 peças de importantes artesãos paraenses em exibição, como os famosos brinquedos de miriti de Mestre Pirias, as cerâmicas da família Santana e as peças em fibra vegetal da comunidade Trançados de Arapiuns.

Dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, levou a imagem peregrina da Virgem padroeira do Pará ao prédio do CRAB, na Praça Tiradentes, onde foi realizado um ato religioso com a presença do vice-presidente do CDE do Sebrae Rio e presidente da Fecomércio, Antonio Florencio de Queiroz; do diretor-superintendente do Sebrae no Pará e membro do Comitê Nacional do CRAB, Rubens Magno; do presidente do CDE do Sebrae no Pará, José Conrado Santos; do diretor de Desenvolvimento do Sebrae Rio, Sergio Malta; da diretora técnica do Sebrae no Pará, Maria Domingas Ribeiro, e mais de 100 convidados.

Após o ato religioso conduzido por dom Orani, que agradeceu a presença da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré vinda do Pará no Rio de Janeiro, o público pode se aproximar da imagem da Virgem para saudá-la e fazer preces. No térreo, os convidados assistiram a uma apresentação musical de carimbó com o grupo Letto e o Baile Norteado, e degustaram alguns pratos típicos da culinária paraense, como maniçoba, pato no tucupi e tacacá, entre outros.

“Hoje, recebemos com grande honra e pela primeira vez aqui no CRAB a imagem de Nossa Senhora de Nazaré vinda do Pará, para marcar a abertura da mostra Pará Sentir Fé. Quero agradecer ao nosso arcebispo do Rio, dom Orani, e à arquidiocese do Pará por essa homenagem. Esta exposição é mais uma do nosso programa Ocupações e que apresenta, em parceria com o Sebrae nos estados, o melhor da produção artesanal de várias regiões do país. É a nona mostra desse programa que trouxe para o CRAB o melhor do artesanato brasileiro”, afirmou Sergio Malta, diretor de Desenvolvimento do Sebrae Rio.

“Muito feliz de estar gerando negócio para o estado. Trazer um pouco da fé do Estado do Pará, da mão de obra do nosso artesanato, isso nos deixa muito honrados”, disse Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae/PA.

O vice-presidente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae Rio e presidente da Fecomércio, Antonio Florencio de Queiroz, encerrou a cerimônia no auditório do CRAB. “Parabéns, dom Orani, por esse movimento de trazer a imagem de Nossa Senhora de Nazaré. Isso representa um movimento muito importante para o turismo do Rio. Que nós possamos saudá-la e demonstrar nossa fé. É bom lembrar que o turismo religioso é um caminho de evolução para os negócios do pequeno e médio empresário”, disse Queiroz.

Alexandre Paulemy, de Oeiras do Pará, agradeceu o convite para expor seus trabalhos na mostra Pará Sentir Fé. “Ter os produtos nessa mostra é mais uma oportunidade de mostrar o talento do artesão paraense. Ações como essa, do Sebrae no Pará, viabilizam nossos empreendimentos”, disse. Um dos 35 artesãos com obras em exposição, Paulemy trabalha com materiais como madeira, tronco de bambu e ouriço de castanha, para produzir instrumentos musicais inspirados nas culturas africana e indígena.

A exposição

Promovida pelo Sebrae/PA, Pará Sentir Fé divulga o melhor da cultura do estado, relacionando a festa religiosa do Círio de Nazaré aos hábitos e costumes do paraense. O arquiteto e mestre em design Erivaldo Júnior, curador da mostra, imaginou traduzir essa relação seduzindo o visitante pelos cinco sentidos humanos: olfato, visão, tato, paladar e audição.

Em duas grandes salas, são apresentados aos visitantes os cheiros típicos do Pará, através das raízes da Amazônia, base de perfumes como patchuli, pau rosa, alfazema entre outros, e como esses materiais e ervas viram artesanato, como as bonecas de cheiro e as mandingas. Pelo sentido da visão, o objetivo foi traduzir em objetos o quão impactante é a procissão do Círio de Nazaré, com a exibição de ex-votos de cera, que traduzem a fé das pessoas e suas promessas e graças. O brinquedo de miriti representa o tato, e está presente nos barcos coloridos feitos na fibra leve da palmeira do miriti. O sentido do paladar está presente na gastronomia paraense, com os utilitários em cerâmica usados na preparação de alguns pratos típicos do Círio, como o Pato no Tucupi, Maniçoba, farofas e geléias. Em toda a mostra, o público é embalado pelos sons do Pará, como o carimbó, lundu marajoara e techno brega entre outros.

“A presença do artesão paraense no CRAB contribui para aumentar a visibilidade de sua produção artesanal. É uma oportunidade ímpar. Já que o CRAB, além de divulgar e promover o artesanato, dá apoio à formalização e desenvolvimento dos artesãos paraenses. E isso reflete diretamente no crescimento das vendas de seus produtos”, afirma Edna Santos, gerente-adjunta da agência metropolitana do Sebrae do Pará e coordenadora da Mostra Pará Sentir Fé.

“É uma alegria receber novamente no CRAB o estado do Pará, com uma exposição promovida pelo Sebrae estadual que traz uma visão cultural ampliada. Além do belo artesanato paraense, o visitante vai conhecer outros produtos da região, como a gastronomia e a música. Estamos também felizes por receber, pela primeira vez no CRAB, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira do Pará”, disse Ana Paula da Fonte Moura, gerente do CRAB.

Sobre a imagem peregrina

Uma das celebrações de maior impacto religioso do Brasil, a festa do Círio de Nazaré atrai todos os anos à capital do Pará, Belém, mais de dois milhões de fiéis de todo o país e do mundo. Ao longo dos seus mais de três séculos de celebração, o Círio incorporou importantes objetos e símbolos que, hoje, estão intimamente associados à Virgem, entre eles a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré.

Trata-se de uma réplica da primeira imagem de Nossa Senhora de Nazaré e que a Igreja católica paraense leva a diversos lugares do país. Já a imagem autêntica, também conhecida como “imagem do achado”, foi encontrada no ano de 1700 pelo caboclo Plácido às margens do igarapé Murutucu, e está na Basílica Santuário, em Belém. Com 28 centímetros de altura, ela carrega no colo o Menino Jesus, com um globo nas mãos.

Sobre o CRAB

Inaugurado em 2016 em um prédio histórico da Praça Tiradentes, no Rio de Janeiro, o CRAB tem como missão promover o artesanato nacional e contribuir para qualificar a imagem dos produtos feitos à mão no Brasil.

Desde sua inauguração, o CRAB realizou 26 grandes exposições e mostras; reestruturou seu Acervo e sua política de conservação e catalogação de peças; desenvolveu, captou e disseminou conteúdos estratégicos do artesanato; estabeleceu o Programa de Visitas Guiadas e o Programa Educativo; além de ter participado de diversos eventos estratégicos que contribuíram para o seu posicionamento enquanto equipamento cultural que dissemina conhecimento e experiências inventivas.

Em suas galerias estão ou passaram importantes trabalhos de artesanato, revelando histórias, origens e territórios. Atualmente, abriga uma coleção de 1.700 itens, que representam a expressão da cultura popular e da criatividade brasileiras. Entre as obras mais significativas estão algumas cerâmicas de Zezinha do Vale de Jequitinhonha (MG), de João Borges (Teresina-PI), João das Alagoas (Capela-AL), Maria Sil (Capela-AL) e as esculturas em madeira de Abelardo dos Santos (Ilha do Ferro-PI). No CRAB, o artesanato é valorizado como objeto de arte e de desejo.

Atualmente, o CRAB está conectado com todo o país, para reposicionar e qualificar estrategicamente os produtos feitos à mão no Brasil e capacitar os agentes da sua cadeia produtiva. O primeiro passo para reforçar essa conexão, foi a criação do programa Ocupações. “O CRAB e o Sebrae Nacional convidaram as áreas de Artesanato dos Sebrae UFs a ocuparem nosso espaço com mostras temporárias todos os anos, apresentando o que há de mais significativo e relevante no artesanato do seu estado. A ideia é ‘vestir’ o CRAB com todas as riquezas existentes no Brasil”, explica Ana Paula Moura, gerente do CRAB. Desde 2021, o CRAB já recebeu oito mostras do programa Ocupações, com a exibição do artesanato de várias regiões do país. Após a visitação, o público pode comprar algumas peças dessas mostras, à venda na Loja CRAB.

Presente e passado em prédio histórico

O CRAB também é um local de memória urbana e um importante distrito criativo do Rio. A região combina valor histórico, cultural, turístico, gastronômico e de entretenimento. Todo o espaço do CRAB possui uma estrutura moderna e sofisticada, que convive com o padrão construtivo do século XVIII. Esse cenário arquitetônico revitalizado valoriza e destaca o artesanato brasileiro, contribuindo para a afirmação cultural da Praça.

No CRAB, as áreas de convivência são projetadas para estimular relacionamentos e a troca de informações, como na Midiateca. O CRAB também dispõe de espaços multiuso, como um auditório de 100 lugares e salas para oficinas e workshops. Esses ambientes são destinados à capacitação, formação, pesquisa e experimentação.

Serviço:

Endereço: Praça Tiradentes 69/71, Centro do Rio de Janeiro

Funcionamento: terça-feira a sábado, das 10h às 17h

Ingresso: entrada franca (mediante documento com foto)

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