Diversidade. Esse foi o mote da noite de premiação da 5ª edição do Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato, realizada na noite desta quinta-feira (17/11) no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB), no Rio de Janeiro. Representantes da diretoria do Sebrae Nacional e do Sebrae Rio, entre outras autoridades, ressaltaram os múltiplos projetos artísticos que mostram como o Brasil pode e deve se espelhar na pluralidade. Também foi destacada a importância de valorizar o artesanato, assim como toda a sua cadeia de produção e distribuição.
“O trabalho do artesão reflete a cultura e a diversidade local, que é o melhor do país”, declarou o gerente de Competitividade Sebrae, Cesar Rissetti, que deu as boas-vindas aos artesãos na capital carioca. O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, também comemorou a premiação: “O Top 100 é ver o Brasil pulsar. A presença de quase todos os premiados é a prova do acerto de manter o prêmio. Os cem projetos mostram o sentido do trabalho que o Sebrae faz. É muito bacana ver algo tão duradouro como o artesanato ficar cada vez mais belo.”
Os premiados subiram ao palco para receber o diploma que os autoriza a usar o selo do prêmio por três anos, e que identifica as unidades produtoras de artesanato como as mais competitivas do Brasil, tanto pela qualidade dos seus produtos, como por suas práticas de gestão. Os vencedores também integram um catálogo comercial e são divulgados em vídeos no portal do Sebrae, mostrando suas práticas de produção e gestão.
“Estar entre os Top 100 é o resultado de um trabalho de anos, no qual tive total apoio do Sebrae, principalmente na área de gestão e vendas”, diz Thomaz Brasil, artesão de Petrópolis. Ao todo, o Estado do Rio teve três finalistas. “Desde 2006 o Sebrae reconhece, identifica e premia as unidades produtoras de artesanato mais competitivas do Brasil. É maravilhoso ver o quanto o Rio segue crescendo nesse mercado”, acrescenta o diretor de Produtos e Atendimento do Sebrae Rio, Julio Freitas.
“Considero o Top 100 como a consagração de um trabalho que desenvolvemos junto aos artesãos ao longo dos anos, com capacitação, aprimoramento da gestão, melhoria dos produtos e aperfeiçoamento do design. Como o Top 100 é bastante criterioso na seleção, esse selo deixa o artesão mais competitivo no mercado, com mais renome nacional e internacionalmente”, comenta a coordenadora de Economia Criativa do Sebrae Rio, Carolyne Gomes.
Desenvolvimento econômico
A premiação não é apenas uma questão artística. Há também o caráter econômico do segmento, que representa cerca de 3% do PIB nacional, com valores de R$ 102 bilhões, além de R$ 20 bilhões em compras de insumo da indústria. O diretor-superintendente do Sebrae Rio, Antonio Alvarenga lembrou que também haverá, nesta sexta-feira (18) e sábado (19), uma rodada de vendas, com a presença dos principais lojistas do país.
“Além de criativo, o artesanato é uma atividade econômica, funciona gerando emprego, renda e preservando a identidade cultural de cada região. E o Crab é uma vitrine do artesanato do Brasil inteiro”, afirmou.
“Que essa noite seja um marco”, completou o diretor de Desenvolvimento do Sebrae Rio, Sergio Malta, “não só pelo selo, mas também pelas negociações de amanhã e depois. Um marco para a produção artesanal brasileira”.
Edição 2022
Ao todo, esta edição do reconhecimento recebeu mais de 1.100 inscrições de todas as regiões do país. Atualmente, para escolher os 100 artesãos que compõem o prêmio, há três etapas. No primeiro, se julga o produto e o processo. Na segunda, a gestão como um todo – em todas as suas fases, desde as relações trabalhistas até as fiscais, por fim, há uma avaliação de notório saber. Diretor do Museu do Artesanato Paraibano, Fábio Morais foi um dos julgadores. “Recebi 300 inscrições de todo o país na categoria de artesanato doméstico”, disse ele, citando as demais categorias, como a do artesanato tradicional, artesanato de referência cultural e o artesanato autoral ou conceitual.